Falava-se tanto em sem teto naqueles dias, pessoas que perambulam em busca de um abrigo pra passar a noite, a vida que leva as vezes muito mais que noites e dias, leva semanas somadas, meses sem ser vivida. Sem teto, consolo, lugar, animação nenhuma pra ver a banda passar, na alegoria do mais um dia de sol... batendo a cada manhã na janela... que pra ser ela, precisa da parede a emoldurar e sustentar, do peitoril pra alguém se debruçar e olhar a rua la fora, dentro dela...da casa desabitada, a se mostrar recém construída, todos os dias! Prestes a ser entregue e inaugurada... cheirando a tinta, vestígios de obra inacabada... em permanente andamento,. Espalhados os pedaços de projetos arquitetônicos de cada compartimento dela....decoração iniciada em teste, elemento cada um, do paisagismo ensaiado, esperando pra se plantar de um lado e do outro dos jardins indefinidos...juntos aos demais todos, locais a espera de serem habitados.
Passo toda
manhã pela obra, supervisiono cada canto...Replanejo os assuntos, lugar
e seus sentidos. Constato que ainda
leva um tempo pra sua inauguração....há muitos detalhes a serem
vistos...coisas que, em uma obra, não se pode deixar pra depois...enquanto isso a habito
eu...todos os dias em cada visita de seu andamento...converso com os pedreiros
e trocamos ideias, mostro-lhes meu novo anel...
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