quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
quase tudo
Na tarde silenciosa desenha a janela que falta de vez em quando, pra ela saltar, buscar a saida pro pensamento que teima traduzir o sentimento, ainda indefinido e aprisionado... impedido do salto mortal da alma que se diz imortal... ainda sem ter certeza... só acredita em quase tudo...e nesse quase tudo, falta uma boa parte para ser tudo e do que já é acreditado, tem ainda um pedaço de nada que nem é tão pouco assim. ...fica insuficiente pro quase, ser tudo mesmo. Tudo, nada, quase tudo e quase nada, na balança avalia o tamanho de sua crença, quando afirma que acredita em quase tudo...que é bem mais que quase nada, mas não é tudo, também não é nada. Conclui que está em vantagem e se contenta com o quase tudo. Decide então fazer a ligação, disca o número que do outro lado atende a voz que estava quase sempre acreditando que um dia, sua crença nela seria tudo. Mas do seu quase sempre naquele dia, predominava a parcela significativa entre o sempre e o nunca. Mas nunca acreditar era pior do que quase sempre acreditar...que por sua vez, não era melhor que acreditar inteiramente... mas era bem melhor que não acreditar nunca...contentou-se então em quase sempre acreditar que ela acreditaria em quase tudo do que dizia suas profecias...atendeu e o que ouviu do outro lado: Olha sobre aquilo que sua palavra professou eu acredito em quase tudo e se estiver quase sempre disposta a ouvir meu confuso coração, talvez um dia eu não precise mais de uma janela pra saltar de vez em quando, nem de uma torre pra me prisionar em mim mesma...estou quase acreditando na sua fé e quase pronta a seguir seu Deus...se estiver quase sempre disposta a ouvir o silêncio do meu ruidoso coração que teimoso, só acredita em quase tudo...quase tudo mesmo.
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