Clarice estava exausta depois de mais
um dia de trabalho no novo setor da redação do New York Times... Contrato
pontual de três meses para escrever
episódios do universo fantástico, numa das colunas reservadas a cultura
literária. Como de costume Clarice fez seus próprios horários o que a mantinha muitas vezes por mais de 12 horas na
redação...hoje era um desses dias.
Ainda agitada com as ideias textuais,
atravessando vielas do pensamento, tomou
um banho e vestiu-se com sua roupa confortável de dormir, na esperança de fazer
repousar o corpo enquanto a mente se mantinha escrevendo por mais algumas
horas.
Seu celular acusa mensagem. É Loren, seu amigo de inspiração poética e ficção filosófica. Loren acumula dentre suas preferências a música
brasileira. A mensagem dizia:
_ Olá Clarice! Vamos ver um show
comigo hoje? Trata-se de uma cantora
brasileira de voz e repertório que tenho certeza vai gostar. Aguardo seu
retorno. Abraços. Loren.
Clarice resolve ligar para Loren.
_ Olá Loren! Acabo de chegar da
redação...estou podre! Tomei um banho mas ainda não relaxei...estou terminando
uma ficção pra edição de amanhã...a que horas é o show?
_ Bem mais tarde...dá tempo de
descansar...é na Broadway onde tudo começa a meia noite...Vamos?
_ É penso que se conseguir descansar
podemos ir . Pode me acordar daqui umas duas horas?
_ Sim claro...descanse, tem tempo.
Passarei pra te pegar as 23hs.
_Ótimo... assim dá pra encarar. Ah
Loren...pode me trazer aquela calça sua que eu gosto? Aquela saruel indiana que sua admiradora fez pra você?
_ Sim claro não vou usar estou com
aquela sua que me emprestou da ultima vez...a samurai...vou com ela...tudo bem?
_ Pode usar...fica linda em você! Te
espero! Até mais tarde! Beijos.
Chegaram a Times Square, Manhattan em tempo de caminhar pela praça com seus estúdios onde concentra a maior indústria do entretenimento no mundo. Os inúmeros anúncios luminosos de publicidade, a noite, tornam-se uma atração peculiar. Clarice estava animada...refizera-se do cansaço...Loren estava feliz em usava a calça samurai de Clarice e a costumeira exarpe no pescoço exibia seu porte artístico mais que atletico...Clarice vestia uma calça modelo saruel indiano de Loren...Os dois viviam trocando as roupas...tinham gostos parecidos preferências iguais.
Chegaram ao teatro e não demorou ela estava lá...a filha encarnando a mãe. Maria Rita/Elis Regina numa reconciliação em tempo de fazer 30 anos da separação...
Clarice e Loren ficaram na intimidade da companhia um do outro...juntos abraçados...como se a cantora estivesse ali unicamente pra cantar a eles...a noite se despediu com a musica, o show de iluminação e o gestual performático da cantora que reencarnava a mãe em cada agudo...
Clarice e Loren acordaram juntos.
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