quinta-feira, 18 de julho de 2013
De Passagem
Era a pequena e antiga estação férrea de Vernon na França.
Embora estivesse em grupo de turistas, ficava sempre isolada. Ela e sua câmera
fotográfica em busca de uma janela ou o reflexo nela. O trem chegava e todos embarcavam
rapidamente. Em menos de uma hora estaria de volta a Paris. Era tarde da noite
e estava frio. Na fila de taxis ela procurava aquecer-se desviando das
correntes frias. No quarto, o aconchego e as lembranças do dia. Na madrugada,
acordada calculava a hora em seu país. Achava engraçado os efeitos da mudança de fusos horários , o tempo marcando
os acontecimentos dos lugares e suas rotinas...três da madrugada, em seu pais,
meia noite...talvez por isso ainda estava acordada, ou não. As flores dos
jardins de Monet estavam ainda dentro de seus olhos com todas as cores, formas,
perfumes, exuberância. Na boca o gosto da tarde fria e florida, do crema brulê,
do anel de botão, do adeus a Monet.
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