foto Suê 2011 |
De um poema antigo... recupero minha paixão pelos epitáfios...os escritos nas tumbas dos mortos nos cemitérios antigos...que ainda hoje reservam a arquitetura do espaço privilegiado das lápides...suas capelas...leitos de pedra e bronze...jazigos que definem a classe social do morrido...morto...em contraste com os modernos necrópoles sem lápides...nem anjos de mármore com suas trombetas anunciando a despedida...ou a chegada... protegendo o sono eterno dos restos mortais...que não dormem mais...agora apenas uma placa fria de metal com a identificação local... perdida num gramado... tudo igual....a morada dos mortos foi enquadrada num modelo arquitetônico padrão...fim dos epitáfios e sua conjecturas...palavras que tornam o morto um santo...o covarde...herói...sonetos de amor...manifesto da saudade... lembranças dos que ficaram...Epitáfios...esses pequenos escritos que continuam cochichando palavras de despedida...sussurrando para embalar o sono eterno...como um eco do que restou...
É sempre bom recuperar uma paixão!
ResponderExcluirPor que epitáfios?
Vc acha que eles nos imortalizam?
Não eles nos traduzem...um pouquinho só...mas traduzem...
ResponderExcluir