Foto Suê - 2011 |
recuperadas de textos antigos...poemas clássicos...cordéis..um acervo pronto para a poesia concreta...abre a valise e olha novamente analisando profundamente as coisas sem sentidos algum...a valise abastecida de um rico vocabulário, organizado em ordem alfabética...e as coisas destituídas de sentido...olha para as palavras no interior da valise...e então sua expressão se suaviza...uma doçura que vem do olhar se derrama...se estende... num leve sorriso como quem encontra a palavra que dará sentido ao caos das coisas sem nome e sentido...como um compositor que junta notas musicais em busca da harmonia...vai orquestrando a construção de significados...escolhendo cuidadosamente cada palavra...sua singular função de adjetivo...substantivo...arquitetando a caracterização plural das coisas...em pessoas...sentimentos...lugares...linguagens... vidas incompletas...densas...silenciosas...secretas...dando-lhe o nome...a identidade...o significado... a completude...em fim um nome dado por ela: a palavra.
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