... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... As Ilustrações e reticências dos textos deste blog foram hoje ameaçadas com denúncias graves. Encontram-se neste momento na sala ao lado, interrogadas. Irão a julgamento com certeza. Correm risco de serem, as reticências, descartadas, ficando apenas o texto literário e suas artimanhas. Também ele o texto, se absolvido for, será sobre algumas condições tais como: substituir as reticências pelos demais recursos da gramática da língua portuguesa. Esse certamente é resultado de um movimento gerado pelos dois pontos, pela vírgula e pelo ponto e vírgula que não conseguiram até o momento, seus lugares no texto. É bem provável que também o hífen esteja envolvido. Suspeitamos ainda que haja um movimento das demais obras plásticas, fotográficas, que não se encaixam nos conteúdos ilustrados. Ainda sobre as ilustrações presentes nos textos, são acusadas de prejuízos graves. O argumento que defende essa posição prossegue na denúncia sobre o direcionamento da escritora, com tendência cerceadora, fato que se confirma pelas análises das imagens que escolhe de modo a facilitar ou distorcer o percurso imaginativo do leitor. Textos inteligentes dispensam ilustração! Palavras que ecoaram escavando a passagem sem saída dos ouvidos da autora.
Um texto ilustrado é uma comunicação outra, que não esta que é a sua, a minha, esta que fazemos e que somos, todas nós em mim mesma, em nós (aqui eu poria reticências...com certeza). Segundo a acusação, esta linha literária que temos é enigmática e como tal não deve ter pistas com ilustrações, no caso das que se encontram sob denúncia, acusadas de que nem sempre são fiéis ao conteúdo do texto, não servindo nem mesmo de pistas para o leitor. Ou seja, uma fraude enquanto ilustração em relação ou não relação alguma com o texto. Serão retiradas mesmo antes da conclusão do veredicto. A autora concordou com essa medida.
Sobre as reticências seu uso indica algo que não se completou, que será dito mais adiante talvez. Ou não, quem sabe como?Diante das defesas da escritora a resmungar baixinho: mas é isso mesmo, a fala não se completou, nem vai se completar, ela não quer, por isso as reticências, não há erro algum e sim uma verdade que versa sobre a incompletude. Será que terei direito a replica, defesa, coisa parecida? Será que posso continuar com minhas reticências... Sim por que elas fazem parte do meu percurso mental reticente, pensativo, inventivo não há como não usá-las como forma de expressar isso...por favor, posso chamar alguém me ajude a explicar isso!Conheço alguém que pode me ajudar, posso? E então de novo a acusação: As reticências não fazem isso que você quer ou julga que façam ou exprimam. Faça tudo isso com as demais pontuações: ponto e vírgula, por exemplo, dois pontos, a própria vírgula! Tem também o hífen que pode usar! Conhece o hífen? Que humilhação...
Sim o hífen, a própria vírgula! Conheço todos eles. Preciso de uma defesa cuja argüição revele seu entendimento pleno dos escritos que sou. Outra escritora ou musa talvez inspiradora de algum poeta, perdido nos corredores das editoras perguntando será aqui a reunião? Que construa os argumentos capazes de convencer a crítica gramatical, lingüística, etcetera e tal, sobre a importância das reticências na escrita desta eu, escrita que sou! Vem me salvar!
terça-feira, 19 de julho de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário