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domingo, 2 de outubro de 2011

Medo, mole, morta?

Na noite apressada em ser silêncio e descanso se vê ameaçada...ela era eu a sondar o que estava para acontecer...Precisava urgente daquele vazio pleno  da meditação ou estado de oração...a lembrança do seu amor a entristecia... assustadoramente trazia o temor de se perder aquela que estava...e que sabia tanto se conquistara para chegar onde chegara...as  estrelas queriam brilhar surpresas...assustadores sentimentos. Precisava expulsar pensamentos e com eles todos os inventos adivinhados e planejados... Algo estranho e sinistro  rondava seu coração ...era preciso esvaziar o depósito de desejos, afugentar a escrita obcecada que a desviava do vazio repleto de um quase tudo ainda quase nada. Encontrava-se num estado de emergência causado pelo abalo sísmico do vulcão de idéias e palavras que a faz quem é. Continua a perguntar perguntas sem respostas qualquer uma que a mova a interromper a escrita... Os acontecimentos lhe aconteciam sem acontecer nos seus inventos e então se via sem o controle deles, falida, fisgada na pequenez do ser longe de casa da tela iluminada, longe daquela que vinha colorindo, decorando a moldura, desenhando palavras que a resignificassem assim... Medo, mole morta.  Parar  de escrever era parar de respirar o ritmo da caneta a deslizar no papel longe da margem, do teclado... sem a musica do piano em cada esquina a soliloquiar navegante no escuro da esperança plena. Parar de escrever é morrer...é estar mole, medo, morta...medo, mole, morta?

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