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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Bom dia



Procurava um realidade inventada ou adivinhada de uma outra forma... fugir da rotina de ser sempre a mesma pessoa todos os dias, os dias todos que vinham e iam sempre todos os dias....e por não suportar a rotina de ser assim quem era, mais uma vez, outro dia de novo, buscava a novidade na escrita...e assim podia ser outra... todos os dias...Sabia que sem a escrita sua fuga e criação de outras que podia ser, estaria comprometida. A escrita, esse ato que se faz tangível pelo conjunto movido da vontade, traçada com as mãos, olhos e pensamento, braçadas de leituras em constante primavera, códigos, significados e idéias,  viabilidades, esse para ela, sagrado ato de escrever ... arquitetura textual que se não  existisse, estaria condenada a morte todos os dias. Com a escrita mesmo se morta todos os dias...os motivos seriam singulares, setença original e a partida uma invenção de percurso novo e de encontros inusitados, lugares, pessoas, escritas...mesmo assim vivia se preparando para sair da cena de sempre a mesma... com a certeza de ter experimentado, no percurso de sua escrita, pauta
de criatividade transgressora, quase tudo do nada que fazia questão de sentir, no ser que era, pra continuar criando todos os dias um tudo novo inclusive ela...queria agora, com essa escrita que se espalha pelo branco que já não quer ser...uma que ainda não é, não foi...uma que será, outra...desconhecida,  pronta pra ser adivinhada, durante todo esse novo dia que inicia pra não ser igual ao outro, feito também como esse de manhã, tarde e noite, pra não repetir o ontem, pra ser novo hoje, nova poesia pra não silenciar a voz da paixão pela vida...todos os dias, sem nunca repetir igual a mesma trilha, nova travessia...Bom dia!

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