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Minha torre meu lar
Onde a ventilação não deixa faltar o ar
Onde a luz não me nega clarear
Onde a cama macia me abraça o olhar
Onde não ha porque lágrimas rolar
Minha torre meu lugar
Meu estado d'alma
Minha saída vitoriosa
Meu encontro especial
Meu cuidado de mim
Voltar pra torre é assim
Nos panos bordados, riscos traçados, aquarelados, numa festa de prazer, pedaços dos sonhos...loucuras de cada idade, pedaços de saudades!
Palavras Bordadas Costuradas em mim, inicia uma nova série de frases poéticas, cujo destino, espero eu, a que borda, se prendam nas peles feito tatuagem de quem ama as palavras e seus endereços.
Bordamos nosso amor nas malas de viagem...perdemos o avião ganhamos as passagens e novos bordados...
Ouvi seu canto e me converti num bordado mudo... gritando de amor.
Guardei tão bem meus bordados de você, que minha mesa está vazia.
Não consigo parar de bordar no tecido de minh'alma.. cada traço do seu olhar...
Vou te bordar pra sempre no avesso de mim...
Comecei um novo tecer do bordado pra em você amanhecer!
Foi bem ali na colcha bordada pra noite de nupcias que desfaleci de amor...
Agora é a agulha guiando a linha...tecendo artérias de meu apaixonado coração...
Bordando ponto por ponto , sem nó, sem corte, rumo ao encontro...
Pra você me pus do avesso no bordado
Me bordei toda pra te ouvir cantar...escolhi o fio, a cor, a trama...a rima...a harmonia.
Agora: CANTE!
...soltos sobre a mesa, a varanda...pelo assoalho do sótão, entre os livros, entre as fotografias do álbum da família, sobre a bíblia... Os pedaços de minha historia se espalham livremente...marcam datas, cenários, festas com vestidos colados ao corpo, soltos pelas pernas, varrendo o chão do tempo; pedaços meus despretensiosos de se juntarem num quebra cabeças...pedaços das leituras, dos filmes, dos amores pela vida afora, tantas eu!!!Pedaços! Soltos trombam-se pelo ateliê, esparramam-se entre as almofadas sob o sol da vidraça, percorrem todo espaço entre telas pintadas, panos bordados, riscos traçados, numa festa regada a êxtase, pedaços dos meus sonhos...loucuras de cada idade, pedaços de saudades!!!
Batia insistentemente a porta,
O longo tempo em que estivera trancada por dentro, pra que ela não voltasse a entrar, emperrou a dobradiça, dilatou a fechadura...
Agora a chave rodava sem rumo, como ela, sem efeito.
Precisava entrar.
A chuva gelada caia forte batendo nos pés, subindo corpo acima, abaixo... enregelando por inteiro.
A unica maneira de entrar seria que alguém de dentro abrisse...Mas não havia ninguém. Desde que partira sem data pra voltar...
Precisava entrar. Aconchegar-se nos aveludados pensamentos compostos de suaves melodias, acariciar os sentidos com o perfume da relva fresca, das ervas milagreiras...a ventania forte abrira uma passagem invadindo o ventre...fazendo-a contorcer-se...
Desesperançada, entregue ao silêncio fatal... ouve passos em direção a porta...move imperceptível a maçaneta e aos poucos...num tempo de eternidade...a porta vai se abrindo lentamente... sofrega desprega os olhos do chão e levanta a cabeça para ver quem a salvara então...e se vê frágil mas firme e bela a estender-lhe os braços acolhendo-a. Ela estava lá!!!