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quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Primeira quinta

Era de novo quinta feira, agora a primeira do novo ano
O dia  claro  ensaiava ser quente e abafado neste janeiro
Nela,   janelas  todas abertas, cortinas esvoaçando
Vento leve, toca ainda sobras da noite, o travesseiro
Enquanto ela, mergulha pensamento, ensaia o escafandro
Pensa borboleta e sonha cada sonho ser inteiro
Riso do aconchego alcançado, suave o ar perfumando
Mais um dia  cheio de versos, sem dúvida,  prazenteiro
Pensa  Deus, afasta demonios e resgata a si mesmo
Era de novo quinta feira, ainda a do novo ano,a primeira
Tarde  preanunciada, riso escondido olhar a esmo
Tempo dos sentimentos depurarem-se no escoadeiro
Processamento de todos os lados do rio, e do abismo
Arquitetura da trilha e do percurso: o verdadeiro 
Luar clandestino servido em cristal da boemia 
Noite madrugada, silêncio postado feito escudeiro
Protege o amor,  o invento, a inspiração e a poesia
Era de novo quinta feira, despedindo-se de ser do ano, a primeira
Mas não era ele, o protagonista do poema desse invento
Janeiro era só o lugar daquela quinta feira
O ano de tão novo  tudo nele era primeiro
E ela, quinta feira, se preparava pra deixar de ser
Nova já não era, experiente se despede e anuncia
Sexta feira, esta sim é a nova primeira...
Tanto quanto ela no começo da manhã,o era, a quinta feira

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