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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Dulcinéia

Sue 2009 - acervo pessoal (arte em tecido)
Dor, Saudade, Morte, Desejo, Vida, entrecortam a cena de Dulcinéia que protagonizo...Interrogo...:

A ameaça da morte potencializa a vida?
Os encantos esfumaçados pelo tempo  podem ser revitalizados pela dor?
A saudade é capaz de reinventar o presente e trazer novos desenhos e cores a paisagem?
Os sentimentos mortos reencarnam numa mesma vida?
No processo de morrer enquanto vive, a vida se renova na própria morte?

Permaneço viva quando, no esforço de compreender a morte, recupero a essência do desejo que me move e me pulsa, e me arrebata como Quixote na luta contra as pás dos moinhos de seu próprio vendaval?

Além dos moinhos de vento com suas pás cortantes, o que mais protagoniza-nos o ataque, em meio a batalha que travamos conosco mesmo para mostrarmos nossa face de Dulcinéia... não tão doce como as temperam... nem tão bela quanto as desenham... nem tão frágil como as projetam...nem tão tosca como as acusam...nem tão cega como as preferem...????

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