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sábado, 9 de julho de 2011

Melão com hortelã


Manhã em cavalion - foto Toinie - 2010
De repente... os atropelos da tarde...desorganizou... o resto que ficou do dia...Havia um tempo sobrando... no começo da noite...havia um jeito de a tarde alongar o seu dia...e revestir a chegada da noite...de surpresas...misturadas com espanto...Meio alegre meio tonto...meio quase em despedida...duvidoso...se querer ser tarde inteira...ou ser noite quase dia... Havia um jeito de a noite ter da tarde a companhia...e ajustar suas lacunas...espalhadas pelo dia...Antes que o tédio chegasse...sem avisar da partida... sobressalta-lhe a imagem...da viagem sem roteiro... pelo centro da cidade...Uma parada breve...no antigo lugar... de chegar todos os dias...O prédio tombado...esquecido...lembranças apagadas...Um coral de pessoas suaves...escapam  as vozes pela janela...solfejam na noite que nascia...misturada com a tarde...que também se despedia...A esperança...esperava...a promessa se fazia...de fazer aquela noite...parecer um novo dia... num lugar...que conhecia...Mas o dia apareceu...e o sono interrompeu...lembrou o sonho e contou o que foi...o que havia...a lua meio metade...o lago meio vazio...quiosques meio enfeitados...pra festa do outro dia...a pista se estendendo...ante os pés estacionados...olhos fixam...a projeção...das sombras de Platão...que caminham prisioneiros da paixão... interrompidos pelo vigilante que avisa o fim da noite...espanta os sonhadores... que despertos e... num afã...perpetuam o sabor... de melão com hortelã...

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