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quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Medusa


Ouvi gritarem meu nome no momento em que eu cruzava a ponte da cidade de Budapeste...era uma voz rouca e grave. Olhei em volta procurando pelo eco que se expandia e a vi finalmente... era Medusa...escultura em pedra que sustentava sobre a cabeça uma enorme coluna de granito de um dos edifícios imperiais. Olhei tombando para traz a cabeça, erguendo o olhar para responder seu chamado, Sim...me chamou? Ela não me olhou ficou lá feito o que era mesmo de ficar, imóvel estátua... virei-me  para seguir meu caminho e novamente ela grita meu nome...voltei-me mais decidida e sem paciência a lhe perguntar...e então? Vai dizer  o que quer comigo? Ela sorriu... lábios envoltos nas serpentes que cobriam-lhe os cabelos, mostrando seus terríveis dentes de pedra dizendo: não só queria ter certeza que era você...fiquei intrigada, justo eu, essa agora meu...Era eu quem? Fale! Ora, disse ela, aquela que vive a se procurar em todo e qualquer lugar e nada de se achar...rsrsrsrs...que abuso pensei retrucando: sim, eu e ai? O que tem a me dizer, o que sabe? E então ela ri mais alto e diz: É isso que quer? Facilidade? Que eu lhe fale onde está escondida?Perdida, sei lá o que? Quer? Nãããooo! Respondi. Não quero! Sei me encontrar, que caminhos construir... Então minha cara, ela respondeu tirando com os dedos longos uma serpente que entrara em seu olho...continue...continue procurando...Voltei para o meu quarto de hotel... Até medusa já sabe de minhas inquietações...quem mais saberá? Ela teria realmente alguma pista sobre mim ou seria mais uma travessura da mitologia em tempos de tecnologia? Ligo meu computador, acesso e-mails e repondo a mensagem de um amigo do Brasil...A viagem? Sim vai bem os lugares são lindos...estive hoje com Medusa conhece?

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